Carteira de Músico: Cantores, bandas, ministérios, levitas terão que pagar para cantar, se não serão multados
É isso mesmo o título da matéria não está errado, de acordo com a autarquia federal "Ordem dos Músicos do Brasil" (OMB), quem não possuir uma "carteirinha" de músico pela ordem terá que pagar uma multa, isso incluí bandas que se apresentam em shows, cantores e até levitas, então você que está inserido no louvor de sua igreja local se não possuir a "carterinha" será multado, quer dizer, você não, mas a igreja na qual você pertence sim!
Este absurdo é graças a enferrujada Lei 3.857, de 22 de dezembro de 1960, que regula a atividade de músico, exigindo que só pode exercer a profissão quem estiver registrado na OMB.
Até ai tudo bem, o problema é que este registro custa R$215,00 e após o seu ingresso na entidade o músico terá que pagar uma taxa anual de R$100,00, para manter a "carterinha". Outro detalhe de relevância é a criação da Delegacia Musical Cristã, que foi inaugurada em março de 2009, e tem como objetivo fiscalizar as igrejas para enquadrar quem não apresentar está licença, serviço que já ocorreu na sede da Bola de Neve Church em São Paulo, onde a igreja foi multada pelos seus músicos não possuírem o documento da OMB. A igreja através de seus advogados foi obrigada a entrar com um mandado de segurança para evitar o pagamento desta multa. A liminar foi deferida, suspendendo o auto de infração e impedindo, até o julgamento do mérito, que a autarquia tome qualquer atitude coercitiva em face da igreja e músicos que tocam em seus cultos.
"A petição teve vários embasamentos legais, como a liberdade constitucional de culto e a voluntariedade dos músicos da igreja, entre outros", informou a advogada Taís Piccinini, responsável pela ação em entrevista para a matéria também sobre este mesmo assunto no portal Cristianismo Hoje. "O que acontece na igreja não é e nunca foi um show, mas culto a Deus, onde o amor e dedicação são os únicos incentivos para o trabalho no templo." declara.
Uma esperança contra está autarquia, é a PL 223/09 do nobre Deputado Giannazi (PSOL), que pretende garantir o livre exercício da atividade de músico no Estado de São Paulo. Vamos aguardar!
Fonte: O Verbo
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Na encruzilhada entre disco e mp3
Sou um apreciador de artigos em via de desuso. Ópera, poesia e mulheres sem curiosidade bissexual.
Um deles é o disco, o LP propriamente dito. Acho estranho o consumo musical feito através de downloads, imateriais, sem capa, sem encarte, sem espera ansiosa. Como tantos prazeres, descobrir uma canção hoje tende ao casual, dadas a enorme oferta de música, a facilidade e a pressa que temos em consumir.
Obviamente, sou um ouvinte produzido pela segunda metade do século 20. Antes de jogar pedras em quem desfila seu iPode, recuo e lembro que meu hábito também foi estimulado pela industria. O setor fonográfico primeiro se apresentou através de compactos – que, sim, fizeram história na música – até que surgiram os long-plays e, aí, forma determinou conteúdo. Espertos, os Beatles entenderam o disco como espaço para o conceitual no pop e assim, até abandonaram os shows.
(Salvo engano, o movimento contrário, o conteúdo estimulando a forma, só aconteceu nos anos 1980, quando o presidente da Sony decidiu que o CD deveria ter 75 minutos para que um único disco contivesse a “Nona Sinfonia” de Beethoven.)
E a evolução não para. Depois que o Radiohead deixou que os fãs escolhessem o preço do disco em mp3, a banda decidiu lançar singles virtuais. Foram três canções no espaço de duas ou três semanas, todas razoáveis; nada ruim, mas nada impressionante. O resultado é como um amistoso da Seleção Brasileira: pode até ser o melhor time do mundo, mas quem presta atenção?
Não seria diferente o impacto caso viessem juntas com outras ansiosamente esperadas? Por extensão, será que, diluídos em “fascículos semanais”, os discos do Radiohead teriam feito a história que fizeram?
É, amigo, diria Galvão Bueno.
A verdade é que somos adaptáveis; acostumamo-nos com os formatos oferecidos – principalmente quando exigem menos concentração. Uma geração inteira já se formou mirando o hit em mp3 e desprezando todos os minutos dispensáveis que o acompanhariam em CD.
Nessa encruzilhada, o álbum de 10 a 12 músicas só se justifica se servir de suporte para um painel sólido, que necessite de mais espaço do que três minutos. O que pode fortalecê-lo como produto cultural, ainda que menos massificável (tudo bem, livros também são para poucos), ou torná-lo mera plataforma de pretensões – exatamente como álbuns duplos e triplos do passado.
(Márvio dos Anjos, Meu destak)
Um deles é o disco, o LP propriamente dito. Acho estranho o consumo musical feito através de downloads, imateriais, sem capa, sem encarte, sem espera ansiosa. Como tantos prazeres, descobrir uma canção hoje tende ao casual, dadas a enorme oferta de música, a facilidade e a pressa que temos em consumir.
Obviamente, sou um ouvinte produzido pela segunda metade do século 20. Antes de jogar pedras em quem desfila seu iPode, recuo e lembro que meu hábito também foi estimulado pela industria. O setor fonográfico primeiro se apresentou através de compactos – que, sim, fizeram história na música – até que surgiram os long-plays e, aí, forma determinou conteúdo. Espertos, os Beatles entenderam o disco como espaço para o conceitual no pop e assim, até abandonaram os shows.
(Salvo engano, o movimento contrário, o conteúdo estimulando a forma, só aconteceu nos anos 1980, quando o presidente da Sony decidiu que o CD deveria ter 75 minutos para que um único disco contivesse a “Nona Sinfonia” de Beethoven.)
E a evolução não para. Depois que o Radiohead deixou que os fãs escolhessem o preço do disco em mp3, a banda decidiu lançar singles virtuais. Foram três canções no espaço de duas ou três semanas, todas razoáveis; nada ruim, mas nada impressionante. O resultado é como um amistoso da Seleção Brasileira: pode até ser o melhor time do mundo, mas quem presta atenção?
Não seria diferente o impacto caso viessem juntas com outras ansiosamente esperadas? Por extensão, será que, diluídos em “fascículos semanais”, os discos do Radiohead teriam feito a história que fizeram?
É, amigo, diria Galvão Bueno.
A verdade é que somos adaptáveis; acostumamo-nos com os formatos oferecidos – principalmente quando exigem menos concentração. Uma geração inteira já se formou mirando o hit em mp3 e desprezando todos os minutos dispensáveis que o acompanhariam em CD.
Nessa encruzilhada, o álbum de 10 a 12 músicas só se justifica se servir de suporte para um painel sólido, que necessite de mais espaço do que três minutos. O que pode fortalecê-lo como produto cultural, ainda que menos massificável (tudo bem, livros também são para poucos), ou torná-lo mera plataforma de pretensões – exatamente como álbuns duplos e triplos do passado.
(Márvio dos Anjos, Meu destak)
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Bem vindo
A todos os que amam a música e pretendem lutar para um dia conseguirem trabalhar com ela, a todos que amam ficar horas em casa ouvindo seus cantores e bandas preferidos, a todos aqueles que não tiram o fone de ouvido, a todos aqueles que ainda não sabem o quanto amam a música. Esse blog foi criado com o intuito de trocarmos experiências, figurinhas, e conhecermos os amantes da música pelo mundo.
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